Neste derradeiro capítulo, combinamos dúas conversas, que nos sitúan na esencia do asunto e na verdadeira razón da xornada reivindicativa.
Dúas mentes que espertan o pasado adormecido baixo pedra volcánica, desta, nosa cidade:
Por unha banda, Fernándo Valcárcel: arquiveiro municipal, membro do Arquivo Visual Ourensán e investigador. Afondou na etnografía en feminino, entre outras, as lavandeiras.
Por outra banda, Óscar Penín, arqueólogo, parte dos colectivos que convocaran a xornada “Coñeces asBurgas?”.
Con estas testemuñas, deixamos que vos mesmxs tiredes as vosas propias conclusións. E que este fin do capítulo, vos permita coñecer e defender a cara oculta do termalismo ourensán.

Fonte: Fondo Pacheco, Arquivo Municipal de Ourense (AMOu).
As lavandeiras são mulheres que moram nas fontes da Galiza e que se apresentam envurulhadas de uma aura misteriosa. Estas lavandeiras cando estão a lavar convidam a quem passa a que lhes torça a roupa. Se a pessoa o faz no mesmo sentido que elas, a ação carrexa-lhe males. Isto ficou associado a forças malignas e mesmo ficaram recolhidas em certas canções tradicionais como:
eu passei por Vilarinho
por Vilarinho cantando
as moças de Vilarinho
quedam no rio lavandoMenina tu es o demo
que me andas atentando
que no rio, que na fonte
sempre te encontro lavando
Esta desconfiança pode ter a origem da imagem que se tinha destas mulheres que só desfrutavam de uma parcela de independência e libertade na que criavam um espácio próprio, cousa que representava uma ameaça para os privilégios dos homens. Por isso as acusavam de bruxas e aliadas do demo.

Antigo lavadoiro público das Burgas.
Fonte: Ourense no tempo.
Enlace ao artigo da fonte: http://ourensenotempo.blogspot.com.es/2008/12/as-lavandeiras.html


Poder revolver a historia está xenial